O Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta (Almada) anunciou hoje que vai manter o modelo de encerramento da urgência pediátrica aos fins de semana, das 20:00 de sexta-feira às 08:30 de segunda-feira, até 18 de novembro.
Em comunicado, a administração adiantou ainda que na próxima sexta-feira, dia 01 de novembro, o Serviço de Urgência Pediátrica vai encerrar mais cedo, às 9:00, e reabre às 8:30 de segunda-feira, dia 04 de novembro.
A administração tinha anunciado para hoje à tarde uma conferência de imprensa para falar sobre a situação na urgência pediátrica daquela unidade hospitalar (no distrito de Setúbal), que tem vindo a encerrar aos fins de semana devido à falta de médicos pediatras.
Porém, a conferência de imprensa foi cancelada por terem surgido entretanto “novas possibilidades de articulação e reorganização do serviço, em que se inclui a nomeação de um novo coordenador” da Pediatria, permitindo a eventual resolução do problema até ao dia 18 de novembro.
Apesar das vagas atribuídas pelo Ministério da Saúde, que aprovou a contratação direta de três profissionais face aos problemas dos últimos meses na urgência pediátrica do Garcia de Orta, o presidente do hospital, Luís Amaro, admitiu, no passado sábado, a possibilidade de a urgência pediátrica só voltar a funcionar normalmente aos fins de semana "daqui a seis meses", após a realização de concursos de admissão de novos pediatras.
Em declarações à agência Lusa, Luís Amaro revelou também que já não se deveria concretizar o protocolo que chegou a estar previsto com a União das Misericórdias Portuguesas para solucionar a carência de pediatras a curto prazo e que consistia em trazer pediatras do norte do país.
No comunicado hoje divulgado, o Hospital Garcia de Orta lembra que, durante os períodos de encerramento da urgência pediátrica naquela unidade hospitalar, os utentes podem recorrer ao Atendimento Complementar nos Centros de Saúde Rainha D. Leonor (Almada) e Amora (Seixal), que estão abertos das 10:00 às 17:00, de sábado e domingo.
Para situações mais graves, os utentes devem recorrer às urgências pediátricas dos hospitais de Santa Maria ou D. Estefânia, na cidade de Lisboa.