O CDS-PP apresentou quarta-feira as suas duas primeiras propostas da área da saúde ao novo parlamento, recuperando duas ideias do seu programa eleitoral às legislativas, e fez um duro ataque à política da ministra Marta Temido.
Os centristas vão apresentar dois projetos de resolução recomendando ao executivo o alargamento progressivo da ADSE, subsistema de saúde, a todos os portugueses e outro para que o utente possa recorrer aos hospitais privados e do setor social se os tempos máximos para as primeiras forem excedidos, anunciou a deputada Ana Rita Bessa, do CDS, no debate do programa do Governo do PS, na Assembleia da República, em Lisboa.
A parlamentar justificou as propostas centristas afirmando que, ao contrário do que diz ser a atitude “omissa” do executivo no seu programa, o CDS “não o é”.
Para Ana Rita Bessa, o programa do governo socialista é um conjunto de “más ideias”, como “a exclusão das Parcerias Público-Privadas (PPP)”, ideias requentadas, como a promessa de novos hospitais, ou ainda “omissões graves”, em áreas como os cuidados paliativos, doenças raras ou a eutanásia.
Na resposta, João Paulo Correia, do PS, questionou a “lamentável falta de memória” do CDS quanto ao Serviço Nacional de Saúde, na altura em que esteve no Governo com o PSD, traduzido nos “cortes de 1.100 milhões de euros” ou o “aumento das taxas moderadoras”.
Ao que Ana Rita Bessa apontou, com ironia, que “começa a ser difícil” o PS estar a falar do “governo anterior ao anterior”, dado que depois disse os socialistas já estiveram no poder, entre 2015 e 2019.