O número de casos registados oficialmente de infeção pelo novo coronavírus em Moçambique subiu de 20 para 21, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
"Dos 26 casos suspeitos testados nas últimas 24 horas, 25 revelaram-se negativos para a covid-19 e um foi positivo. Portanto, temos um total de 21 casos positivos", disse Rosa Marlene, diretora nacional de Saúde Pública, falando durante a conferência de imprensa de atualização de dados no Ministério da Saúde em Maputo.
O novo caso resulta de uma investigação sobre as ramificações de um caso de infeção pelo novo coronavírus, anunciado em 02 de abril, descoberto em Afungi, Cabo Delgado, na área do projeto para a exploração de gás no Norte de Moçambique liderado pela francesa Total.
As autoridades moçambicanas identificaram 66 pessoas que tiveram contacto com o primeiro caso de Afungi, dos quais 64 do meio profissional da pessoa infetada, mas ainda decorrem ações para a identificação dos contactos do novo caso.
Apenas trabalhos essenciais estão a ser realizados nas obras do megaprojeto para exploração de gás liderado pela Total no norte do país, após descoberta de novos casos de infeção pelo novo coronavírus no local.
Segundo o Ministério da Saúde, do total de 21 casos registados desde o primeiro caso no país, em 11 de março, 13 são de transmissão local e oito são importados, tendo as autoridades realizado um total de 679 testes.
Moçambique vive em estado de emergência durante todo o mês de abril, com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações.
Durante o mesmo período, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.
O número de mortes provocadas pela covid-19 em África é de 744 e estão registados 13.686 casos em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 103 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, mais de 341 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.