Israel proibiu hoje a chegada de voos ao país até que sejam implementadas as medidas necessárias para conseguir transferir todos os passageiros a hotéis específicos onde possam permanecer em quarentena durante duas semanas, para evitar contágios da covid-19.
Segundo os meios de comunicação local, a medida foi decidida pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, horas após a chegada hoje a Israel de 70 pessoas vindas de Nova York, a cidade com mais casos confirmados no mundo de infeção pela covid-19.
Estes passageiros saíram do aeroporto em táxis, sem serem sujeitos a medição da temperatura corporal e sem darem informação sobre onde ficarão alojados para cumprir a quarentena obrigatória de duas semanas, prevista para quem chega de outros países a Israel.
Benjamin Netanyahu ordenou, há vários dias, o isolamento preventivo para quem chegasse ao país, com hotéis especificamente designados pelo Estado para esse efeito, algo que, devido a obstáculos legais, ainda não foi implementado.
Face a esta situação, os passageiros vindos de Nova York desembarcado em Israel sem cumprirem com as medidas de segurança para combater à pandemia da covid-19.
Nos últimos dias, Israel tomou medidas muito severas para impedir a propagação da pandemia, incluindo o recolher da população durante a primeira noite do feriado da Páscoa e restrições ao movimento entre cidades e bairros.
Além disso, o governo israelita decretou o encerramento de algumas das cidades com maior índice de contágio da covid-19, várias delas caracterizadas por uma população, maioritariamente, da comunidade judaica ultraortodoxa.
Até agora, o país registou 96 mortes pela covid-19 e mais de 10.500 casos confirmados de infeção, dos quais 180 em estado grave e 132 ligados a ventiladores respiratórios.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 103 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, mais de 341 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 870 mil infetados e 71.335 mortos, é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 18.849 óbitos, entre 147.577 casos confirmados.
Os Estados Unidos são o segundo país com maior número de mortes (18.777), e aquele que contabiliza mais infetados (501.615), enquanto a Espanha tem 16.353 óbitos, entre 161.852 casos de infeção confirmados até hoje.
Além de Itália, Estados Unidos e Espanha, os países mais afetados são França, com 13.197 mortos (124.869 casos), Reino Unido, 8.958 mortos (73.758 casos), Irão, com 4.357 mortos (70.029 casos), China, com 3.339 mortos (81.953 casos), e Alemanha, com 2.373 mortes (113.525 casos).
Em África, há registo de 693 mortos num universo de mais de 12.973 casos em 52 países.