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Covid-19: PM diz não haver "nenhuma divergência de fundo" nas decisões das escolas

09-04-2020 17:46h

O primeiro-ministro considerou hoje que, sobre as decisões do ano letivo devido à pandemia da covid-19, não há “nenhuma divergência de fundo” por parte dos partidos, elogiando a “enorme maturidade que o sistema político” português revelou nesta crise.

Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros de hoje que determinou as alterações para o ano letivo 2019/2020 devido à covid-19, António Costa enalteceu o facto de Portugal se estar a distinguir “de forma notável” na gestão desta crise, destacando a “enorme maturidade que o sistema político tem revelado” e a “união nacional”.

“Isso não implica que haja unanimidade de todos relativamente a todas as matérias, nem que a oposição deixe de ser oposição ao Governo, nem que o Governo deixe de executar o seu programa. Temos que fazer um esforço de consensualização e tem sido muito grande esse esforço”, ressalvou.

No caso concreto das medidas excecionais para as escolas, o primeiro-ministro considerou que não há “nenhuma divergência de fundo relativamente a qualquer uma destas decisões”, que reconheceu não serem nem "as ideais nem as ótimas”, mas as necessárias “num quadro de contingência muito específico”.

“Seguramente poderá haver aqui ou ali alguma preferência por uma outra medida ou que as coisas pudessem ser de uma ou de outra forma”, admitiu, mas apontou que não há qualquer divergência “quanto a nenhum aspeto essencial”.

Tal como em março, quando decidiu suspender pela primeira vez as aulas presenciais até às férias da Páscoa, António Costa recebeu na quarta-feira todos os partidos com assento parlamentar.

O primeiro-ministro anunciou hoje que, até ao 9ºano, todo o terceiro período prosseguirá com ensino à distância, com avaliação, mas sem provas de aferição, mantendo-se os apoios às famílias com filhos menores de 12 anos.

No ensino secundário ainda poderá haver aulas presenciais no terceiro período, sendo o calendário de exames é adiado e só abrangendo os exames específicos para acesso ao Ensino Superior.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 409 mortes, mais 29 do que na véspera (+7,6%), e 13.956 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 815 em relação a quarta-feira (+6,2%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado no dia 02 de abril na Assembleia da República.

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