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Três religiões monoteístas unidas para condenar eutanásia e suicídio assistido

LUSA
28-10-2019 16:07h

Destacados representantes das três religiões monoteístas – cristianismo, judaísmo e islão – assinaram e remeteram hoje ao Papa Francisco um documento no qual se afirmam firmemente contra a eutanásia e o suicídio assistido, que consideram “intrinsecamente e moralmente repreensíveis”.

Estas práticas devem, na opinião dos subscritores, ser “interditas sem exceção” e “toda a pressão ou ação sobre os pacientes para os incitar a por fim à própria vida é categoricamente rejeitada”.

A posição está contida num documento sobre o fim da vida das “religiões abraâmicas monoteístas”.

O texto foi solenemente rubricado no Vaticano por um representante de cada religião, entre os quais o rabino David Rosen, diretor dos assuntos religiosos do Comité Judaico Americano, Vicenzo Paglia, presidente da Academia Pontifica para a Vida, um representante do Metropolitan (ortodoxo) de Kiev, Hilarion, e o presidente do comité central da Muhammadiyah indonésia (associação sociocultural muçulmana), Samsul Anwar.

A ideia da declaração foi proposta ao Papa pelo rabino Avraham Steinberg, copresidente do Conselho Nacional Israelita de Bioética.

No documento autoriza-se também a objeção de consciência pelo pessoal de saúde de todos os hospitais e clínicas.

“Nenhum profissional de saúde deve ser contrariado ou submetido a pressões para assistir diretamente ou indiretamente à morte deliberada e intencional de um paciente através de suicídio assistido ou qualquer forma de eutanásia”, referem no texto.

Este direito, defendem, deve ser “universalmente respeitado”.

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