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COVID-19: Reino Unido treina cães para identificar infectados

CANAL S+ VD
09-04-2020 14:14h

As autoridades de saúde britânicas estão a ponderar treinar cães pisteiros para detetarem indivíduos infetados pelo vírus SARS-COV-2. A hipótese ganha forma junto de especialistas em saúde pública, já a pensar na altura em que as medidas de confinamento e isolamento social começarem a ser gradualmente levantadas e a população regressar às ruas de Londres e das restantes cidades inglesas.

O objetivo é identificar os cidadãos infetados que possam estar a circular e a contaminar outras pessoas, sem saberem. Trata-se de uma medida complementar aos testes serológicos e de despiste da COVID-19 que a maior parte dos países europeus acabará por fazer às suas comunidades, cumprindo as boas práticas epidemiológicas, defendidas pela Organização Mundial de Saúde.

Conhecidos pelas suas extraordinárias capacidades olfativas, os cães pisteiros já são utilizados no despiste de outras doenças como seja: o cancro da próstata, por exemplo.

Em entrevista ao Canal S+, a médica veterinária, Sónia Miranda, explica que os cães têm de facto capacidades para identificar determinadas características que se promovem no organismo humano quando afetado por uma doença. A clínica reforça que os cães não vão detetar o vírus por si só, mas antes padrões biológicos que são produzidos e manifestados quando estamos doentes.

Segundo os especialistas ingleses serão necessários 6 meses para treinar os cães pisteiros para detetarem determinado elemento biológico humano. A veterinária, Sónia Miranda, garante que a utilização das capacidades destes animais para uma situação deste tipo poderia ser bastante útil, nomeadamente em aeroportos ou perante indivíduos infetados em fuga às autoridades sanitárias.

 

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