O líder supremo do Irão, ‘ayatollah’ Ali Khamenei, propôs hoje que as concentrações em massa no país possam ser suspensas durante o sagrado mês de jejum muçulmano, o Ramadão, devido à pandemia da covid-19.
O líder supremo fez hoje este comentário durante um discurso transmitido pela televisão.
“Na ausência de reuniões públicas no mês do Ramadão, incluindo orações, discursos e assim por diante, de que este ano estamos a ser privados, devemos criar os mesmos sentidos em nossa solidão”, disse Khamenei.
O Ramadão deve começar no final de abril e durar até a maior parte de maio.
As autoridades públicas ainda não haviam discutido os planos para o mês sagrado, que vê os fiéis muçulmanos jejuarem do amanhecer até o pôr do sol.
Khamenei instou os fiéis xiitas a orarem em suas casas durante o Ramadão. Os xiitas normalmente rezam em comunidade, especialmente durante este período.
O Irão registou mais de 67.000 casos confirmados do novo vírus, com quase 4.000 mortes.
O Presidente iraniano, Hassan Rohani, ordenou que a economia do país comece a abrir-se lentamente a partir do sábado, levando a preocupações de que o país possa ver uma segunda onda de infeções.
A economia da República Islâmica está a sofrer sob intensas sanções dos Estados Unidos depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, se retirar unilateralmente do acordo nuclear de Teerão com as potências mundiais em 2015.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 87 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 280 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.