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Covid-19: Vale mantém ritmo de produção de carvão, principal exportação de Moçambique

LUSA
09-04-2020 09:02h

A multinacional mineira Vale mantém sem abrandamentos a produção de carvão, principal produto de exportação de Moçambique, apesar de 700 trabalhadores e familiares terem regressado aos países de origem devido à covid-19, disse fonte da firma à Lusa.

As minas em Moatize operam "até ao momento" sem nenhum abrandamento nas operações e o mesmo se aplica ao funcionamento do corredor logístico do Norte, disse fonte oficial.

A Vale é uma das maiores empresas de Moçambique e o carvão mineral é o principal produto de exportação do país.

Nas últimas semanas, a multinacional brasileira anunciou a organização de viagens e operações de prevenção da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Questionada pela Lusa, a empresa detalhou que "em termos de efetivo, a Vale tem cerca de 2.942 trabalhadores na mina de Moatize, dos quais 9% são estrangeiros, predominantemente brasileiros". 

No âmbito das ações desencadeadas voltaram aos países de origem "cerca de 700 pessoas entre trabalhadores e seus familiares".

A Vale Moçambique ainda não tem dados disponíveis sobre o impacto da covid-19 nas contas (quantidades de produção e financeiras) da empresa, acrescentou.

Em 2019, a mina de Moatize produziu oito milhões de toneladas métricas carvão mineral, contra 11,5 milhões de toneladas métricas em 2018.

Entretanto, a manutenção geral das unidades de processamento de carvão, que estava prevista para os próximos meses, "será adiada" devido ao "atraso na chegada de componentes e às restrições de viagens dos técnicos especializados que participarão nos trabalhos".

Além da mina, a empresa é uma das participantes na linha ferroviária com 900 quilómetros que leva o carvão desde a província de Tete, no Centro do país, para o porto de Nacala, de onde é exportado por via marítima.

O número de casos registados oficialmente de infeção pelo novo coronavírus em Moçambique subiu de 10 para 17, mas ainda não há registo de mortes pela doença no país, anunciou na quarta-feira o Ministério da Saúde.

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