Os deputados espanhóis votam hoje a proposta do governo para prolongar por mais duas semanas, até 25 deste mês, o estado de emergência em vigor desde 15 de março, com o objetivo e lutar contra o novo coronavírus.
Na sessão, marcada para as 09:00 locais (08:00 em Lisboa), será votada no Congresso dos Deputados, a câmara baixa do parlamento espanhol, tudo indicando existir uma maioria confortável de formações políticas que apoiam a iniciativa do Governo socialista, incluindo a maior da oposição, o Partido Popular, de direita.
Sábado passado, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou o prolongamento do estado de emergência até à meia-noite de 25 de abril, para travar a covid-19 numa altura em que, tudo indica, está "superado o pico" desta pandemia.
Na altura, o chefe do Governo avançou que as medidas de contenção que incluem o confinamento em casa para todos, salvo os que trabalham em serviços essenciais, iriam continuar, mas que estava a estudar a possibilidade de, a partir de segunda-feira 13 de abril, ser autorizado o regresso ao trabalho daqueles que não podiam fazê-lo a partir de casa.
O estado de emergência começou em 15 de março e impôs uma série de restrições à mobilidade dos cidadãos, que foram depois alargadas, com medidas adicionais, como o controlo nas fronteiras ou o fecho provisório de atividades económicas não essenciais.
O confinamento foi inicialmente aprovado por duas semanas, às quais foram acrescentadas mais duas, a partir de 29 de março e até 11 deste mês.
Apesar do agravamento da evolução nos últimos dois dias, as autoridades sanitárias espanholas estão convencidas de que o pico da pandemia foi alcançado, mas alertam para a necessidade de consolidar a tendência detetada.
A Espanha é um dos países mais atingido pelo novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, que já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82.000, tendo saído curados cerca de 260 mil.
Segundo os dados oficiais de quarta-feira, a Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 14.555 mortos, entre 146.690 casos de infeção.
Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.