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Covid-19: Exigida libertação de defensores dos direitos humanos

09-04-2020 08:05h

A Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH) e 86 organizações nacionais associadas, incluindo a portuguesa Civitas, defendeu na quarta-feira a libertação imediata de todos os defensores destes direitos ameaçados pela pandemia perante as ameaças que enfrentam nas prisões.

“À luz das sérias ameaças colocadas aos presos pela propagação rápida da pandemia do novo coronavirus, a FIDH (…) relembra a obrigação dos governos de garantirem a segurança e a saúde das pessoas detidas, que estão sob a sua responsabilidade, e lançou uma campanha pela libertação de todos os defensores dos direitos humanos”, afirmou a FIDH, em comunicado.

“Centenas de pessoas em todo o mundo estão detidas não porque cometeram um crime, mas por causa do seu trabalho na defesa dos direitos humanos. Como legítimos atores de mudança, nunca deveriam ter sido detidos em primeiro lugar”, declarou a presidente da FIDH, Alice Mogwe.

Agora, na opinião de Mogwe, “à medida que a covid-19 continua a sua rápida propagação pelo mundo, é a altura de os governos acabarem com esta injustiça e libertarem os que defendem os direitos humanos”.

Para reforçar a sua pretensão, a FIDH citou a Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, para quem “agora, mais do que nunca, os governos devem libertar todas as pessoas detidas sem suficiente base legal, incluindo presos políticos e outros detidos apenas porque expressaram perspetivas críticas ou dissidentes”.

No sítio da campanha, que vai ser atualizado regularmente, já estão colocados perfis de defensores dos direitos humanos detidos em Arábia Saudita, Quirguistão Turquia, Federação Russa, Filipinas, México, Síria, Irão, Índia, Barém, Burundi e Egito.

O texto é subscrito por organizações de países de África (11), América (15), Ásia (18), da Europa de Leste e Ásia Central (12), Médio Oriente e Norte de África (13) e Europa Ocidental (17).

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