O presidente da Associação Nacional de Municípios, Manuel Machado, defendeu hoje a necessidade de existir mais coordenação e menos burocracia na relação entre as autarquias e os organismos do Estado, no sentido de combater o surto da covid-19.
“Não queremos escamotear os problemas, há-os. É necessária uma maior articulação dos vários organismos do Estado que intervêm no território. Coordenação e eficácia é essencial. É importante clarificar as atribuições e competências para não haver suposições e redundâncias”, afirmou Manuel Machado.
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que também é presidente da Câmara Municipal de Coimbra, falava aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
“Nós queremos dar o contributo como autarcas, como autarquias para as soluções, para que todos em conjunto possamos chegar ao dia daquele abraço”, apontou.
Sem querer entrar em grandes pormenores, Manuel Machado insistiu apenas na necessidade de existir uma maior conjugação de esforços e pediu para se evitarem as burocracias e os equívocos.
“Não podemos continuar a desperdiçar energias a discutir coisas que não têm nada a ver com o assunto. È necessário que soluções sejam colocadas no território, contando com o trabalho e a solidariedade dos autarcas”, reiterou.
Questionado sobre as medidas imediatas que as autarquias podem tomar relativamente à recolocação dos idosos que se encontram nos lares, o presidente da ANMP ressalvou que esse trabalho tem de ser realizado em parceria com o Instituto da Segurança Social.
Além da ANMP, o Presidente da República recebe também esta tarde a Associação Nacional de Freguesias (Anafre).
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes por covid-19, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
Dos infetados, 1.211 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 196 doentes que já recuperaram.