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Covid-19: A promessa de uma nova vida que tarda em chegar

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07-04-2020 19:14h

Entre 2015 e 2018, Portugal recebeu 1674 refugiados: 1192 da Grécia e 340 de Itália, e 142 ao abrigo do Programa de Reinstalação da Turquia. Famílias que foram acolhidas por várias instituições com a esperança de reconstruírem as suas vidas no nosso país. Ainda assim, números que não cumprem o que foi acordado no Relatório Anual 2016/2017 da Amnistia Internacional Portugal.

No final do mês de Março, o Governo anunciou que ia regularizar a situação de todos os imigrantes devido à Covid-19, de forma a que estas pessoas tivessem acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). A notícia correu o mundo e os elogios chegaram de todo o lado.

No entanto, na prática, ainda nada aconteceu e algumas famílias refugiadas que estão em Portugal, há alguns meses, ainda não viram a sua situação regularizada, como nos conta Helena Pina-Vaz, da Plataforma de Apoio aos Refugiados.

A agravar toda esta situação, vivemos uma época de pandemia, em que é pedido a todas as pessoas para ficarem em casa e seguirem as recomendações das autoridades de saúde.

Com as restrições de circulação entre países, e com alguns países a suspender voos, a receção de refugiados fica adiada.

Os campos de refugiados não estão imunes à Covid-19 e por isso a Grécia já impôs quarentena nos campos de Ritsona e Malakasa, onde foram detetados casos positivos da doença.

Diz o povo que a esperança é a última a morrer, mas para estas famílias parece que um recomeço ainda está longe de acontecer.

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