Presidentes de vários países africanos, incluindo África do Sul, Zimbabué ou Senegal, desejaram hoje uma rápida recuperação ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, após o seu internamento numa unidade de cuidados intensivos devido à covid-19.
Na sua conta na rede social Twitter, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, desejou a Johnson "uma recuperação rápida e completa" e enviou o seu apoio ao governante britânico e ao povo do Reino Unido.
"Atravessamos um período muito difícil, mas vamos ultrapassá-lo", acrescentou o chefe de Estado sul-africano.
"Em nome do povo do Zimbabué, desejo ao primeiro-ministro Boris Johnson uma rápida recuperação e um regresso a uma boa saúde. Estamos solidários com ele e com o povo britânico nestes tempos difíceis", afirmou o Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, através da mesma rede social.
Num tom semelhante e também no Twitter, o chefe de Estado da Zâmbia, Edgar Lungu, disse estar "triste" por Johnson ter sido internado no hospital por causa da covid-19, enquanto a Presidente ganesa, Nana Akufo-Addo, disse que os seus "pensamentos e orações" estão com o governante britânico.
Também da África francófona surgiram mensagens de encorajamento, como a do Presidente do Senegal, Macky Sall, que manifestou o seu "apoio e solidariedade para com Boris Johnson e a sua família".
"Estou a rezar para que ele saia desta difícil provação", acrescentou Sall, na sua conta do Twitter.
O líder conservador de 55 anos, que deu positivo ao teste da covid-19 a 27 de Março, foi hospitalizado no domingo e na segunda-feira ingressou nos cuidados intensivos do Saint Thomas Hospital, em Londres, mantendo-se “estável” e “de bom humor”.
Johnson foi hospitalizado como medida de precaução devido aos seus persistentes sintomas de coronavírus, particularmente uma febre alta, mas o seu estado agravou-se já no hospital.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 708 mil infetados e mais de 55 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até segunda-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 13.798 mortos, entre 140.510 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos, com 10.994 mortos, são o que contabiliza mais infetados (368.449).
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.740 casos e regista 3.331 mortes. As autoridades chinesas anunciaram hoje 32 novos casos, todos oriundos do exterior.
Além de Itália, Espanha, Estados Unidos e China, os países mais afetados são França, com 8.911 mortos (98.010 casos), Reino Unido, 5.373 mortos (51.608 casos), Irão, com 3.603 mortos (58.226 casos), e Alemanha, com 1.607 mortes (99.225 casos).
O número de mortes devido à covid-19 em África subiu para 487, num universo 10.075 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia no continente.