A deputada do PEV Mariana Silva defendeu hoje que é preciso "trabalhar num caminho para sossegar pais e alunos" em relação ao ano escolar, apelando a que "ninguém fique para trás", seja por questões económicas, sociais ou geográficas.
No final da terceira reunião para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, promovida pelo Governo e que envolveu todos os atores políticos, Mariana Silva sublinhou que "as medidas de contenção estão a ter resultado" e por isso pediu "aos portugueses para que façam mais um esforço para conseguir cumpri-las devidamente".
"Percebemos que há aqui uma dificuldade em abrir as escolas em abril, poderá em maio isto acontecer ou não, mas é necessário trabalhar num caminho para sossegar pais e alunos, encarregados de educação, para que possamos saber qual é o futuro dos nossos alunos e de que forma é que poderão ver o fim desta caminhada, deste ano letivo", apelou.
Para “Os Verdes”, assegurou a deputada, "o mais importante é que ninguém fique para trás, quer seja por questões económicas, quer seja por questões sociais, quer seja por questões geográficas".
"Cada aluno terá que ter a sua oportunidade de concluir o seu ano letivo da melhor forma e com a ajuda daqueles que são os elementos principais, que são os seus professores e toda a comunidade escolar esteja envolvida nesta decisão", pediu.
Mariana Silva lembrou que "a escola não é feita só de alunos e professores, é também de auxiliares de ação educativa", sendo "necessário proteger todos estes elementos e as suas famílias".
"É necessário ouvir os técnicos para que, de alguma forma, se possa alcançar a decisão final que será abrir ou não as escolas em maio", disse.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).
Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.