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Covid-19: Parlamento iraniano regressa aos trabalhos e rejeita quarentena geral

LUSA
07-04-2020 16:18h

O Parlamento iraniano regressou hoje aos trabalhos, após uma pausa de seis semanas por causa da pandemia covid-19, rejeitando uma proposta que impunha o confinamento geral.

Durante a sessão que marcou o regresso aos trabalhos parlamentares, os deputados debateram um projeto de lei para impor o confinamento nacional por um mês, mas o texto foi rejeitado, com a maioria a argumentar que a decisão arruinaria a economia nacional.

Na tentativa de limitar a disseminação do novo coronavírus, as autoridades nunca impuseram o confinamento, mas sempre pediram à população que fique em casa, tendo decidido encerrar a maioria dos negócios não essenciais.

Hoje, mais de dois terços dos 290 deputados iranianos reuniram-se, na ausência do seu presidente, Ali Larijani, que permanece em quarentena depois de ter contraído a covid-19.

Segundo a agência semioficial Isna, outros 30 deputados foram contaminados pelo novo coronavírus, desde que o Parlamento fechou as portas, em 25 de março.

Imagens da televisão estatal iraniana mostravam parlamentares próximos um do outro, apesar das instruções de distanciamento social das autoridades.

O Presidente do Irão, Hassan Rohani, anunciou no domingo que as autoridades aprovaram o regresso de certas atividades económicas, “passo a passo”, a partir do próximo sábado, nomeadamente aquelas que são consideradas de baixo risco.

O Irão registou mais 133 mortes devido ao novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 3.872, divulgaram hoje as autoridades iranianas, informando também que os novos contágios estão a descer pelo sétimo dia consecutivo.

Na habitual conferência de imprensa diária dedicada à evolução da pandemia da covid-19 no Irão, o porta-voz do Ministério da Saúde iraniano, Kianouche Jahanpour, precisou que o país registou, nas últimas 24 horas, 2.089 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, o indicador mais baixo registado desde finais de março.

Em 31 de março, o Irão - o país mais afetado do Médio Oriente pela pandemia - atingiu o pico de contágios diários de covid-19, ao ter registado 3.111 casos.

Desde o diagnóstico dos primeiros casos de covid-19 no país, em fevereiro, o Irão registou um total de 62.589 casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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