SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: Empresas de Vila Real preocupadas com quebras acentuadas na procura - estudo

LUSA
07-04-2020 15:58h

Um inquérito realizado pela Associação Empresarial - Nervir concluiu que a maioria das empresas de Vila Real regista uma acentuada redução na procura, 18,2% suspendeu totalmente a produção e 27,3% sente dificuldade no abastecimento de matérias-primas.

A Associação Empresarial - Nervir, com sede em Vila Real, realizou um inquérito aos associados, entre os dias 25 e 26 de março, sobre as dificuldades criadas pela pandemia da covid-19, abrangendo empresas de serviços (45,5%), agricultura(27,3%), o comércio e indústria (ambas com 18,2% cada).

De acordo com a associação, 18,2% das empresas inquiridas informaram que suspenderam totalmente a produção.

Relativamente aos fatores que mais podem prejudicar a atividade empresarial, 81,8% referiu em primeiro lugar “os problemas de tesouraria” e a “quebra da procura”.

Questionadas sobre a redução da procura, 54% das empresas apontaram uma redução entre 80 a 100%, 18,2% uma redução de 60% e, as restantes, entre 10 a 40%.

A Nervir concluiu ainda que 27,3% das empresas tem sentido dificuldade no abastecimento de matérias-primas, por trabalharem com produtos oriundos de Itália e cujas unidades de produção encerraram, e outras pelo facto de trabalharem com produtos semiacabados provenientes da China e Coreia do Sul.

A maioria (72,7%) respondeu que ainda não sentiu dificuldades de abastecimento.

Como principais medidas que gostariam de ver implementadas para minorar a atual situação, os associados da Nervir defenderem um "apoio à tesouraria a fundo perdido e não empréstimos, ou o Estado substituir-se às empresas no pagamento de salários", bem como a "anulação de pagamento do Imposto Sobre o Rendimento (IRC) por conta em 2020, com moratória de 12 meses para financiamentos a decorrer e spread máximo de 1% para novos financiamentos para micro e pequenas empresas".

Defenderam ainda "suspensão dos impostos", as "ajudas rápidas à tesouraria das empresas" e a "possibilidade de lay-off e a sua simplificação, mesmo nos casos em que exista um encerramento ou suspensão parcial da atividade da empresa”.

Em Portugal, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).

MAIS NOTÍCIAS