O Banco Central de São Tomé e Príncipe (BCSTP) anunciou hoje a redução das reservas mínimas de caixa de 18 para 14% em moeda nacional, e de 21% para 17% em moeda estrangeira, devido à crise causada pela covid-19.
A decisão foi tomada no âmbito várias medidas "com efeito imediato" para "mitigar" os efeitos da crise provocada pela covid-19 "sobre as famílias e as empresas do país", indica a instituição em comunicado.
O comunicado, lido pelo governador do BCSTP, Américo Barros, sublinha ainda que foram igualmente reduzidas as taxas de facilidade permanente de liquidez de 11 para 9,5%.
As decisões tomadas pelo comité de política monetária do banco central "orientam" também os bancos a "conceder moratórias no pagamento das prestações aos agentes económicos", designadamente empresas ou pessoas singulares "cujos rendimentos ou negócios estejam a ser afetados de forma direta ou indireta pelo choque" da covid-19.
O Banco Central são-tomense orientou igualmente os bancos comerciais "a suspender e/ou reduzir algumas comissões, sobretudo as referentes aos pagamentos eletrónicos".
O BCSTP promete adotar medidas temporárias de "flexibilização de alguns rácios prudenciais", sublinhando que vai "acompanhar de forma atenta e sistemática" a evolução da crise provocada pelo novo coronavírus e "tomará todas as medidas para mitigar" os seus efeitos.
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, anunciou hoje que quatro testes deram positivo ao novo coronavírus, os primeiros casos registados no país.
O país está em estado de emergência, em vigor desde 20 de março e que foi renovado, na passada sexta-feira, por um novo período de 15 dias.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.
Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.
O número de mortes devido à covid-19 em África subiu para 442 nas últimas horas num universo 9.457 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia no continente.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.