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Covid-19: Quénia proíbe entradas e saídas das duas maiores cidades

LUSA
06-04-2020 18:29h

O Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, anunciou hoje o reforço das restrições no âmbito do combate à propagação do novo coronavírus, tendo proibido todas as entradas e saídas das duas maiores cidades do país.

“Estão proibidos todos os movimentos de entrada e saída por um período de 21 dias a partir das 19:00 horas de hoje [17:00 em Lisboa]”, disse o chefe de Estado numa comunicação ao país.

O chefe de Estado disse ainda que as restrições se aplicam à área metropolitana de Nairobi, à cidade de Mombaça, a segunda maior cidade do país, e aos distritos de Kilifi e Kwale, na costa queniana.

As novas restrições vêm juntar-se ao recolher obrigatório já em vigor entre as 19:00 e as 05:00.

As autoridades quenianas esclareceram que, fora desse período, o movimento no interior das áreas metropolitanas daquelas cidades continua a ser permitido.

O movimento de cargas e o abastecimento de alimentos manter-se-á sem alterações, disse o presidente queniano.

O Quénia regista 156 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, somando seis mortes associadas à doença.

O país, que tem uma população de 50 milhões de habitantes, dispõe de apenas 578 camas para internamento nos cuidados intensivos.

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 442 nas últimas horas num universo de 9.457 casos registados em 51 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.

No contexto das medidas de luta contra a pandemia, 43 países decretaram o fecho total de fronteiras, sete têm as ligações aéreas suspensas, três proibiram a entrada e saída de pessoas e dois aplicaram restrições de entrada a cidadãos de países de risco.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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