O Moza Banco anunciou que vai manter em 18% a sua taxa de juro de referência, apesar de o banco central e a associação bancária terem esta semana subido o seu valor indicativo para 18,4%.
Segundo a instituição, a decisão de não acompanhar a subida da 'prime rate' nacional pretende ser um sinal de apoio à economia face ao abrandamento provocado pela pandemia da covid-19, refere-se num comunicado consultado hoje pela Lusa.
Na terça-feira, o banco central moçambicano e a associação bancária anunciaram a subida da taxa de juro de referência de Moçambique de 18% para 18,4% em abril, uma medida que foi criticada pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique - CTA, a maior entidade patronal, que prevê tempos difíceis face ao impacto da covid-19.
É a primeira vez que se regista uma subida na taxa de juro de referência de Moçambique desde que foi criada em junho de 2017, com um valor de 27,75%.
A taxa estava estável há cinco meses e a última descida tinha acontecido em outubro, quando recuou de 18,3% para 18%.
O Moza Banco é quarto maior do país ao nível de empréstimos e adiantamentos de acordo com os indicadores do Ranking do Setor Bancário, publicação anual da consultora KPMG.
Moçambique regista oficialmente 10 casos de infeção pelo novo coronavírus, sem mortes.
A pandemia afeta já 50 dos 55 países e territórios africanos, com mais de 7.000 infeções e 280 mortes, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC). São Tomé e Príncipe permanece como o único país lusófono sem registo de infeção.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 54 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 200.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.