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Covid-19: Embarcações de pesca de São Miguel só podem acostar ou descarregar no porto de armamento

LUSA
03-04-2020 13:47h

O Governo dos Açores determinou hoje que a partir de sábado as embarcações de pesca da ilha de São Miguel apenas podem acostar ou descarregar no seu porto de armamento, medida tomada devido à pandemia de covid-19.

Uma portaria publicada hoje em Jornal Oficial proíbe a acostagem em qualquer outro porto da ilha de São Miguel, bem como em qualquer outro porto de outra ilha da Região, salvo por motivos de força maior, a avaliar pelos órgãos locais competentes da Autoridade Marítima Nacional e mediante autorização da Autoridade Sanitária municipal ou regional.

A medida, através da Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, "foi adotada tendo em conta a situação de pandemia de covid-19, bem como a imposição de cercas sanitárias em todos os concelhos de São Miguel, de forma a impedir a propagação da doença nesta ilha", esclarece a nota do Governo açoriano.

O executivo regional já tinha determinado, em 19 de março, que as embarcações de pesca da Região deviam apenas acostar ou descarregar o pescado capturado na ilha do seu porto de armamento, tendo sido proibida a descarga em qualquer outra ilha.

Recentemente, em 31 de março, limitou também a acostagem de embarcações de pesca e as descargas de pescado nos portos da Povoação e da Ribeira Quente, na ilha de São Miguel, na sequência da criação de uma cerca sanitária no concelho da Povoação, até às 00:00 de 13 de abril.

Até à data, foram detetados na Região 66 casos positivos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, sendo 31 em São Miguel, 11 na ilha Terceira, três na Graciosa, sete em São Jorge, nove no Pico e cinco no Faial.

Na quinta-feira, o Governo dos Açores decidiu fixar cercas sanitárias nos seis concelhos da ilha de São Miguel, para fazer face à pandemia de covid-19 na região, medida que vai vigorar até 17 de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.

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