O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) exortou hoje os profissionais a observaram a ética ao extremo na publicação de matérias associadas ao novo coronavírus, principalmente nas redes sociais, aplaudindo o empenho e prontidão dos órgãos da comunicação social.
O posicionamento foi manifestado pelo secretário-geral do SJA, Teixeira Cândido, apelando aos jornalistas para terem sempre como recurso as fontes oficiais na divulgação de informações relacionadas com a pandemia da covid-19, sobretudo nas redes sociais.
"Nesta fase [do novo coronavírus] é um apelo à ética da classe, porque devemos levar a ética até ao extremo nesse período, devemos levar a ética até às redes sociais", encorajou Teixeira Cândido.
Para o sindicalista, apesar de cidadãos, os profissionais de comunicação têm muitos seguidores nas redes sociais e a utilização dessa plataforma deve ser, acima de tudo, com responsabilidade e para a partilha de informações corretas.
"E o nosso apelo é, no sentido, de que façamos uma ginástica para podermos ter informação oficial para difundir e não partilharmos qualquer informação, mas sim aquelas que sejam corretas", disse em declarações à agência Lusa.
Angola, que cumpre hoje o sétimo dia do estado de emergência para conter a propagação da covid-19, conta com oito casos confirmados da doença, entre os quais dois óbitos e um doente recuperado.
Mais de mil pessoas no país estão em quarentena institucional e domiciliar.
Várias informações, contrárias às oficiais, têm sido difundidas nas redes sociais em Angola.
Diariamente a Comissão Intersetorial de Controlo à Pandemia em Angola atualiza os dados da evolução da pandemia, sessões que contam com transmissão em direto de distintos órgãos de comunicação.
Teixeira Cândido saudou também o desempenho dos órgãos de informação na transmissão de toda a informação oficial relacionada com a covid-19 e ainda as ações de sensibilização à sociedade para o cumprimento do estado de emergência.
"Acho que o papel da comunicação nesta fase está a ser cumprido, não se pode exigir também muito mais porque estamos limitados, sem muitos meios, mas a atuação é salutar", rematou o dirigente do SJA.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O número de infeções pelo novo coronavírus em África ultrapassou hoje a marca dos seis mil casos (6.313), registando-se 221 mortes em 49 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente africano.