A linha funciona todos os dias, entre as 8h00 e as 22h00, e é possível obter informação de médicos especialistas sobre a diabetes no contexto desta pandemia. Poderá fazê-lo através do número 302051685.

Segundo a SPEDM, a diabetes mellitus atinge 13,6% da população portuguesa, sendo que 28% têm mais de 80 anos. Quanto às pessoas infetadas pelo novo coronavírus, 20% têm diabetes, número que sobe para 22% quando se trata de internados em cuidados intensivos.

O S+ falou com Davide Carvalho, presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) que sublinha a importância da linha para ajudar a manter a diabetes dos pacientes controlada. Alerta ainda que a doença, uma vez descompensada, pode diminuir as defesas do organismo e proporcionar o desenvolvimento facilitado de infeções.

O médico endocrinologista aborda ainda as causas que podem estar por trás desta possível descompensação. Sendo a alimentação, o stress e a falta de exercício físico os principais culpados. Por outro lado, também a infeção pelo novo coronavírus pode potenciar uma descompensação da diabetes, explica Davide Carvalho, fortalecendo o apelo ao autocontrolo por parte dos doentes.

Relativamente às mulheres grávidas, este profissional de saúde refere que o controlo deve ser ainda mais apertado, sabendo, no entanto, que não há evidência científica acerca da transmissão vertical.

Davide Carvalho deixa o conselho para que seja feito o teste para covid-19 caso existam sintomas ligeiros e possibilidade para tal, se não houver, para agirem como se estivessem infetados e ficarem em casa. Só em casos absolutamente indispensáveis recorrer aos serviços de urgência.

Por fim, a respeito da falta de insulina, o clínico garante que não haverá falta deste medicamento e que não é necessário açambarcamento.

Este é um serviço criado pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, o Núcleo de Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e a Sociedade Portuguesa de Diabetologia.

Os doentes da diabetes são um grupo de risco, representando "mais de 9% das pessoas falecidas com covid-19", mas não têm mais probabilidades de ser infetados pelo novo coronavírus, alertou esta quarta-feira a Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses (APDP).