A economia dinamarquesa pode contrair-se entre 3% e 10% em 2020 devido à crise provocada pela pandemia da covid-19, anunciou hoje o Banco Nacional da Dinamarca, que apresenta três cenários possíveis.
Se as medidas restritivas de mobilidade social se forem atenuando depois da Semana Santa e até junho, na Dinamarca e no exterior, a contração do Produto Interno Bruto (PIB) será de 3% em 2020.
No caso de ocorrer uma abertura gradual em semanas na Dinamarca, mas mais tarde no exterior, o PIB dinamarquês deverá cair 5%.
O pior cenário apresentado pelo Banco Nacional da Dinamarca prevê que o PIB caia 10% caso a pandemia obrigue a manter a linha restritiva até junho e as medidas não se possam levantar antes do final do ano.
"Na Dinamarca temos um ponto de partida sólido para reconduzir a economia quando o surto desacelerar e as medidas forem levantadas. Mas antes de chegar aí vai ser doloroso", sublinhou o diretor do Banco Nacional da Dinamarca, Lars Rohde, num comunicado.
Rohde, que considera os prognósticos "muito inseguros", sublinhou que quando se eliminarem as restrições à atividade económica "provavelmente" serão necessárias medidas de estímulo "mais tradicionais" para sustentar a procura.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou há dois dias uma paulatina reabertura do país depois da Semana Santa se a curva de contágio se mantiver estável nos números atuais.
A Dinamarca foi um dos primeiros países europeus a fechar instituições públicas e fronteiras e a introduzir medidas de distanciamento social, em meados de março.
Com uma população de cerca de 5,5 milhões de habitantes, o país registou até agora 2.860 casos de covid-19 e 90 mortos.