A Serra Leoa confirmou hoje o seu primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus, um homem serra-leonês que regressou ao país em 16 de março proveniente de França.
“A questão não era saber se, mas quando o país seria afetado pela doença. Esse quando, foi hoje”, disse o Presidente da Serra Leoa, Julius Maada Bio, em conferência de imprensa, numa altura em que era dos poucos países em África que não tinha ainda casos confirmados da doença.
O doente, de 37 anos, tinha viajado para França em 12 de março e quando regressou a Freetown, em 16 de março, foi colocado em quarentena obrigatória de 14 dias.
Testado já na fase final do período de quarentena, quando começou a desenvolver sintomas semelhantes aos da gripe, o resultado deu positivo para covid-19.
“Passamos do estado de prevenção para resposta. Devemos agora focar-nos em contactar as pessoas com as quais o paciente possa ter estado em contacto para conseguirmos isolá-las e fornecer-lhes tratamento médico”, disse Evans Liyosi, representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Serra Leoa.
O surgimento do coronavírus é uma preocupação acrescida num dos países mais pobres do mundo onde a epidemia de Ébola causou quase 4.000 mortos entre 2014 e 2016.
Com a confirmação de casos de covid-19 na Serra Leoa, são agora 48 os países africanos com registo da doença, que já causou 173 mortes num continente em que o número de casos confirmados ultrapassa os 5.000.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 803 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 40 mil.